Caminhos da Floresta
por Luis Galvão
A música de Sondheim permanece incrível, mesmo que a maioria tenha seu contexto ou motivação alterada. As vozes são belas (apenas o Pine destoa um pouco) e Emily Blunt é a que melhor consegue transmitir as dubiedades do personagem.
Mas Caminhos da Floresta acabou sendo muito prejudicado pelos cortes no roteiro e os desfechos escolhidos, tirando um pouco a profundidade das situações. Essa estratégia da própria Disney – e que foi absorvida pelo roteirista original e por Rob – faz um filme que se comporta como Malévola, levantando questões morais e universais, mas sem explorá-las com sagacidade.
Marshall tem uma absurda competência em reunir um bom elenco, porém faz melhores filmes quando fica longe da fantasia e continua na escola que lhe formou (Bob Fosse).
Poxa, não vejo em seu review aquele entusiasmo que compartilhamos nos últimos dias em redes sociais. Independente das escolhas que Rob Marshall teve de abrir mão para viabilizar o projeto, gosto muito do resultado, é um musical que cresce a cada revisão.