Dois Dias, Uma Noite
por Luis Galvão
Uma versão belga de O Céu de Suely.
Verdadeiro, cru e intragável nos momentos certos.
Marion em mais uma soberba interpretação de um personagem cheio de tropeços e inseguranças.
A crise europeia é apenas um plano de fundo para contar uma história sobre sobrevivência, nada mais do que isso, e os irmãos Dardenne souberam dirigir essa análise de forma espetacular.
Eu realmente não curto o cinema dos irmãos Dardenne. Sempre tenho a impressão de que eles fazem o mesmo filme sempre. Dito isso, até gostei moderadamente de “Dois Dias, Uma Noite”. Gosto da interpretação de Marion e da via crucis que ela atravessa, mas vejo muitas muletas sustentando a narrativa, como a passividade quase inverossímil do marido, bem como alguns conflitos.